Saturday, March 13, 2010

As inaugurações "tchapa-tchapa" – as obras estruturantes que nunca chegam e – o sim ou não quanto ao asfalto em Chã das Caldeiras

1.Entre Fevereiro e Março do corrente ano, o Primeiro Ministro de Cabo Verde, Dr. José Maria Neves, esteve na ilha do Fogo, para inaugurar 3 obras : a) a primeira unidade incineradora [já deixou de funcionar] de lixo a ser instalada no País, uma iniciativa da Câmara Municipal liderada por Eugénio Veiga (São Filipe); b) o piso de relva sintética do estádio Municipal de Futebol, Francisco José Rodrigues, iniciativa da Câmara Municipal sob a liderança de Fernandinho Teixeira (Mosteiros); e c) a Gare Marítima e Edifício Administrativo do porto de Vale dos Cavaleiros na ilha do Fogo. Nessas deslocações, o Senhor Primeiro Ministro, esteve acompanhado, entre outros, pelo Ministro de Estado e das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações, Eng. Manuel Inocêncio Sousa e do Ministro Adjunto e da Juventude e Desportos, Dr. Sidónio Monteiro. Os filhos de Djarfogo, tanto nas ilhas como na diáspora, fica(ra)m muito felizes com a inauguração dessas obras. Entretanto, surgiram vozes contrárias, perguntando, qual o motivo para o esbanjamento de recurso [em deslocações da máquina governamental para inaugurar obras “tchapa –tchapa”] em tão curto período de tempo na ilha do Fogo(?), apontando que se «... o Auto de Consignação da Obra decorreu no dia 30 de Julho de 2008 e que a obra teve a duração total de 15 meses, tendo sido feita a recepção provisória no passado mês de Janeiro de 2010» então porque não foi também inaugurada em Fevereiro, juntamente com as duas primeiras ?

2. O abandono a que a ilha do Fogo foi remetida durantes esses 20 anos de vivência democrática no arquipélago, tem sido também alvo de várias críticas, entretanto, a [grande] dúvida que paira no ar é, será que esse abandono não está intrínsecamente ligado à tendência de votos da população (?), por um lado, e a passividade dos políticos da ilha, por outro (?). É sobejamente conhecido que as gentes de Djarfogo, tanto nas ilhas como na diáspora, sempre votaram PAI nas eleições e, os Deputados à casa parlamentar, bem como as presidências das autarquias do Fogo, têm uma actuação abaixo da média nacional e, muito raras vezes fazem se ouvir na Capital do País. Não será por isso que, as aspirações da população do Fogo em ter um aeroporto moderno, um porto moderno [não tem que se situar em Vale dos Cavaleiros, onde a própria natureza tem nos dado sinal de que a escolha foi/é errada], uma rede viária da terceira geração (como gosta o PM de lhes apelidar) nunca se materializa (?). E vão mais além, afirmando que, se durante a Administração Portuguesa, conseguiu-se erguer várias pontes em «Ribeira Nha Lena»; «Baleia»; «Ponte Senhor Rendhal»; «Ponte Tábua», entre outros, nas sucessivas ribeiras existentes entre as localidades de Tinteira e Relvas, permitindo ligação entre os Concelhos de Santa Catarina do Fogo [Sede em Cova Figueira] e dos Mosteiros [Sede na Vila de Igreja] – porquê que o actual governo resolve cortar a meio esta importante parte do prometido anel rodoviário/circular do Fogo ? Será que os projectos para a ilha do Fogo, são feitos na base "tchapa-tchapa" para se poder inflacionar o número das inaugurações e enganar a população (?) ou porque o troço que liga esses dois municípios foguenses não dispõe de potencialidades eco-turísticas que merecem ser valorizadas à semelhança do que se faz em Santiago ou nas demais ilhas ?

3.O pedido de estrada asfaltada pelas populações de Chã das Caldeiras, não parace ter caído no agrado de muitos. Reconhece-se que a protecção ambiental é importante. Mas questiona-se, o porquê de se ter permitido, durante muitos anos, distruir montes, vales e praias de Djarfogo, numa procura desenfreada pelos inertes (diga-se, jorras, areias e pedras) para a construção, e não se permite a asfaltagem de um pequeno troço de estradas dentro da bordeira, trazendo comodidade e facilitando a circulação das pessoas (?) mesmo sabendo que, o asfalto pouco ou nada alterará na vertente paisagística do local. Defendamos o ambiente, não permitamos a asfaltagem, mas devemos também, apresentar soluções cómodas em substituição do pedramento [que seja calcetamento, broquetes ou outro] lá existente, satisfazendo as exigências da população, pois Chã das Caldeiras, merece! Ddeixamos estas palavrinhas para reflexão: «O Monte Fuji (Fuji san - como respeitosamente é chamado pelos japoneses) — está para o Japão assim como a Torre Eiffel para Paris, a Estátua da Liberdade para Nova York e tantos outros símbolos que ajudam a divulgar turísticamente uma cidade ou um País e a servirem de logotipo de um destino. Um símbolo! O Monte Fuji é assim, o símbolo de uma nação, mas além de tudo, é um símbolo natural, um deus para os japoneses. Não é apenas uma belíssima montanha, é o ponto mais alto do País do sol nascente [à semelhança do Vulcão do Fogo], meio mítico, meio divinal. Para se ter uma idéia, há pouco mais de 100 anos era considerado sagrado e somente os monges podiam ir ao seu topo. Hoje é visitado por mais de 300.000 turistas, entre 1 de Julho e 31 de Agosto, período que o clima assim permite. Ver o sol nascer do seu cume, diz-se que proporciona saúde e felicidade, e todos os japoneses o farão, pelo menos uma vez na vida. Uma escalada feita por trilhas, divididas em 10 estágios. Os montanhistas partem do quinto estágio, ao qual se chega de carro, demonstrando que a modernidade nos sistemas de transporte, pode nos ajudar a chegar perto dos deuses». Para mais infos sobre a modernidade e a tradição, p.f. ver :http://interata.squarespace.com/jornal-de-viagem/?h=356&w=500&sz=50&hl=en&start=3¤tPage=21

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Introducing Cape Verde

Most people only know Cape Verde through the haunting mornas (mournful songs) of Cesária Évora. To visit her homeland – a series of unlikely volcanic islands some 500km off the coast of Senegal – is to understand the strange, bittersweet amalgam of West African rhythms and mournful Portuguese melodies that shape her music.

It’s not just open ocean that separates Cape Verde from the rest of West Africa. Cool currents, for example, keep temperatures moderate, and a stable political and economic system help support West Africa’s highest standard of living. The population, who represent varying degrees of African and Portuguese heritage, will seem exuberantly warm if you fly in straight from, say, Britain, but refreshingly low-key if you arrive from Lagos or Dakar.

Hot Top Picks For Cape Verde

1 Mt Fogo
Huff to the top of this stunning, cinder-clad mountain, the country’s only active volcano and, at 2829m, its highest peak.

2 Mardi Gras
Down quantities of grogue, the rumlike national drink, and dive into the colour and chaos in Mindelo.

3 Santo Antão
Hike over the pine-clad ridge of the island, then down into its spectacular canyons and verdant valleys.

4 Windsurfing
Head to the beaches of Boa Vista, and fill your sail with the same transatlantic winds that pushed Columbus to the New World.

5 Traditional music
Watch musicians wave loved ones goodbye with a morna or welcome them back with a coladeira.

6 Cidade Velha
Becomes Cape Verde's first World Heritage site in June 2009.
The town of Ribeira Grande de Santiago, renamed Cidade Velha (Old Town) in the late 18th century, was the first European colonial outpost in the tropics.
Located in the south of the island of Santiago, the town features some of the original street layout impressive remains including two churches, a royal fortress and Pillory square with its ornate 16th century marble pillar.