Existe um consenso global quanto ao lugar fundamental da educação no processo de desenvolvimento e emancipação das pessoas e das nações. O mesmo se aplica aos municípios do Fogo, em particular o mais pobre - Santa Catarina.
Pensar o desenvolvimento de Santa Catarina exige que se eleja a educação como preocupação central do processo de desenvolvimento, direcionando as forças de todos os sectores da sociedade — governo, sociedade civil, privados — em prol da melhoria da qualidade do ensino e da garantia do direito de todos à educação.
Fruto da atenção dos sucessivos governos, sem excepção, verdade seja dita, temos hoje em Cabo Verde (a ilha do Fogo não é caso único) importantes ganhos no campo educacional, que nos levam a atingir (quase) universalização do ensino primário, e cerca de 80% de cobertura do ensino secundário. De momento, entre outros, o desafio é de melhorar a qualidade da educação básica e estendê-la ao ensino médio-superior - sem esquecer a educação infantil.
A educação, como tudo na vida (quer a nível individual ou colectiva), pressupõe uma base científica que estabeleça princípios e directrizes. Como integrar escola, família e comunidade, possibilitando a disseminação do conhecimento e da cultura, um processo constante de consciencialização cívica, de reflexão elaborada sobre o sentido da vida, das relações humanas e o que queremos para o país, ilha ou concelho.
Para materialisar o objetivo de uma sociedade consciente e acostumada a um exercício aberto, inteligente e desposto a conjugar esforços, temos que definir valores que possibilite a sã convivência com base em ética, sem ofensa, blasfémia e difamação. Uma concepção educacional comprometida com o bem comum e com uma vida melhor para a nossa e as futuras gerações (não esquecendo nunca dos nossos idosos, que merecem atenção redobrada), tendo como pedra angular o desenvolvimento político e sócio-económico, a responsabilidade social, a solidariedade, a justiça, a paz e o amor.
A escola é um espaço insubstituível na elaboração e na partilha do conhecimento, mas não deve ser alheia à vida social. Ela é o caminho para exercitar e desenvolver a nossa dimensão humana - a capacidade de pensar e agir, independentemente das nossas preferências político-partidárias.
Há que adoptar, disseminar e divulgar a visão de que, podemos ser donos da nossa própria transformação económica e social - de que "o desenvolvimento não nos é dado, se atinge com trabalho e dedicação", como grande “máxima” para a mudança de mentalidades no nosso concelho. Em Santa Catarina, temos uma grande percentagem de jovens no desemprego, andando de loja em loja, solicitando um cigarro ou um copo de grogue a terceiros – é um mal que deve ser combatido, com incentivos, tais como, formação profissional (se possível massificada e em sectores vários), acesso ao emprego, ensino especializado e técnico em como chegar ao auto-emprego, crédito e assessoria técnica para abrir pequenos negócios, promoção do desporto, entre outras ferramentas disponível.
Pensar o desenvolvimento de Santa Catarina exige que se eleja a educação como preocupação central do processo de desenvolvimento, direcionando as forças de todos os sectores da sociedade — governo, sociedade civil, privados — em prol da melhoria da qualidade do ensino e da garantia do direito de todos à educação.
Fruto da atenção dos sucessivos governos, sem excepção, verdade seja dita, temos hoje em Cabo Verde (a ilha do Fogo não é caso único) importantes ganhos no campo educacional, que nos levam a atingir (quase) universalização do ensino primário, e cerca de 80% de cobertura do ensino secundário. De momento, entre outros, o desafio é de melhorar a qualidade da educação básica e estendê-la ao ensino médio-superior - sem esquecer a educação infantil.
A educação, como tudo na vida (quer a nível individual ou colectiva), pressupõe uma base científica que estabeleça princípios e directrizes. Como integrar escola, família e comunidade, possibilitando a disseminação do conhecimento e da cultura, um processo constante de consciencialização cívica, de reflexão elaborada sobre o sentido da vida, das relações humanas e o que queremos para o país, ilha ou concelho.
Para materialisar o objetivo de uma sociedade consciente e acostumada a um exercício aberto, inteligente e desposto a conjugar esforços, temos que definir valores que possibilite a sã convivência com base em ética, sem ofensa, blasfémia e difamação. Uma concepção educacional comprometida com o bem comum e com uma vida melhor para a nossa e as futuras gerações (não esquecendo nunca dos nossos idosos, que merecem atenção redobrada), tendo como pedra angular o desenvolvimento político e sócio-económico, a responsabilidade social, a solidariedade, a justiça, a paz e o amor.
A escola é um espaço insubstituível na elaboração e na partilha do conhecimento, mas não deve ser alheia à vida social. Ela é o caminho para exercitar e desenvolver a nossa dimensão humana - a capacidade de pensar e agir, independentemente das nossas preferências político-partidárias.
Há que adoptar, disseminar e divulgar a visão de que, podemos ser donos da nossa própria transformação económica e social - de que "o desenvolvimento não nos é dado, se atinge com trabalho e dedicação", como grande “máxima” para a mudança de mentalidades no nosso concelho. Em Santa Catarina, temos uma grande percentagem de jovens no desemprego, andando de loja em loja, solicitando um cigarro ou um copo de grogue a terceiros – é um mal que deve ser combatido, com incentivos, tais como, formação profissional (se possível massificada e em sectores vários), acesso ao emprego, ensino especializado e técnico em como chegar ao auto-emprego, crédito e assessoria técnica para abrir pequenos negócios, promoção do desporto, entre outras ferramentas disponível.
É preciso livrarmo-nos da atitude de espectadores críticos de um governo sempre insuficiente, ou do pessimismo passivo. Devemos, todos nós, juntos fazer entender ao cidadão comum, em particular aos jovens, seja ele branco, preto, amarelo ou esverdeado, pobre ou rico, de Casinha ou de Rachã Formosa, que ele próprio pode tomar o seu destino em suas mãos, conquanto haja uma dinâmica local que facilite o processo, gerando sinergias entre os diversos ramos de actividades.
Custa-me muito entender como é que um criador de gados, depois de muito sacrifício para criar uma centena de cabras, num curto período de tempo perde a metade, devido a escassez de pastos. Será que ele não merece ser assessorado/educado, que vendendo 2/3 dos animais, estará melhor posicionado para enfrentar a seca/falta de pastos ? Não seria este um ramo de estudo interessante ? Afinal, não devemos promover o ramo de actividade em que estamos melhor preparado [em linguagem económica] temos vantagem comparativa, como dizia o grande economista David Ricardo ?
A ideia da educação para o desenvolvimento está directamente vinculada a esta compreensão, e à necessidade de se formar pessoas que amanhã possam participar de forma activa em iniciativas capaz de transformar a sua comunidade e gerar dinâmicas construtivas para as demais.
Hoje, em Santa Catarina, quando se tenta falar de iniciativas do tipo, constacta-se que não só os jovens, mas inclusivé os adultos - dizem "abó kreqi bu sta dodu, mi ki sta ba es báxu tadja cabra", entre outros exemplos, demonstrando não conhecer as potencialidades da sua região. Para ter cidadãos activos, temos de ter uma cidadania informada, e isto começa cedo. A educação não deve servir apenas como trampolim para a pessoa escapar da sua região, deve também dar-lhe os conhecimentos necessários, para compartilhar como os demais e ajudar a transformá-la.
De entre os Santacatarinenses que frequentaram a escola criada no Centro Paroquial em Cova Figueira (já não existe, pois não obteve o carinho necessário de quem de direito), pelo Padre João (outros, tal como o Padre Pedro, também deram o seu contributo à instituição, mas ninguém como o Frei João Augusto – que Deus lhe dê saúde, força e longos anos de vida), alguns não estão a residir em Santa Catarina, aliás, por motivos vários só um número reduzido terminou os estudos, mas não muda o facto de que de uma forma ou de outra contribuem (têm contribuido ou podem contribuir) para o desenvolvimento do município.
Santa Catarina tem uma diáspora significativa, quiçá mais numerosa do que a população residente. Segundo consta é uma diáspora bem sucedida, e que pode ajudar ao governo local na resolução dos problemas do concelho, passando desde a negociação/disponibilização de terrenos tanto para a agricultura como para a construção de insfraestruturas sociais e bem assim no apoio material e financeiro aos estudantes carenciados/estabelecimentos de ensino e identificação de parceiros de cooperação. Para o bem do nosso concelho, é preciso estar de espirito aberto e fazer uso da expertise da nossa comunidade emigrada.
Quero crer que é possível ter professores e alunos na mesma rua/praça a falar do turismo, de questões económicas, do desporto, do engajamento em actividades doméstica, de ajudar o pai a cuidar do gado, de ajudar a mãe a ir apanhar a lenha, da protecção ambiental, do bem-estar da população, da sua origem, de sua identidade, das dinâmicas migratórias que constituiram Santa Catarina, e assim por diante. A entender isso, os alunos certamente passam a ver a educação como forma de compreensão da sua própria vida, deixando de ser enfadonha - e acima de tudo, ver o seu próximo mais próximo, nunca como ser inferior.
O conhecimento não tem barreiras, é a vontade que nos move á sua procura. Mas é preciso ter condições físicas e humanas, além de alguns atributos extras - cortesia, respeito e atitude. Daí ser necessário criar um sistema educacional baseado nos pressupostos seguintes: (1) Uma educação gratuita, obrigatória e de qualidade; (2) Melhorar significativamente a qualidade da educação infantil, primária e secundária; (3) Identificar as necessidades básicas do ensino (não só para os que tem menos de 25 anos, mas também para todos os que tem espirito jovem e vontade de aprender), e disponibilizar programas (curso técnico/formação profissional) de aprendizagens apropriados à realidade local; (4) Promover a alfabetização de adultos; (5) Outros que revelem ser necessários.
E para finalizar, gostaria de recomendar a criação de um “Conselho Municipal de Educação”, reunindo os responsáveis de cada escola, pessoas que ao mesmo tempo conhecem o município, as localidades e os problemas agravantes do desenvolvimento das mesmas, para juntos identificar e apresentar soluções para a melhoria do sector de educação (extensivo a construção de novas escolas, transporte escolar, refeição quente, atracção de quadros, regime de internato destinado a estudantes de povoados distantes e sem infraestrutura escolar, etc), contribuindo assim para o desenvolvimento social de Santa Catarina.
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